A lua cheia iluminava intensamente a imensidão negra do céu, nenhuma estrela ousava brilhar naquela noite de rigoroso inverno. O vento soprava os cabelos louros de Isabel e de uma forma suave balançava-lhe o capuz negro que cobria parcialmente sua face. Seus olhos azuis brilhavam como faróis em meio a escuridão. Seu corpo se movia rapidamente para se esconder das gostas pesadas da chuva que começara a cair.
Com muito custo Isabel chegara ao seu destino. Na porta de uma casa, a garota esperava por sua mais nova amiga, já que Isabel acabara de se mudar para esta cidadezinha do interior.
Em instantes Carol abre a porta e recebe sua amiga com um sorriso e um abraço apertado. Ainda temendo a chuva, Isabel corre para dentro da casa, retira seu casaco e o pendura próximo a porta. Durante horas as jovens conversaram e se divertiram, mais algo incomodava Carol dês da chegada da amiga.
Por um instante um arrepio gelado subiu-lhe pelo corpo, uma sensação de que havia algo de errado ali assustava cada vez mais a adolescente. Ao se virar para trás percebeu que seu arrepio nada mais era do que uma velha janela que se recusava a permanecer fechada. Com rápidas passadas Carol se encaminhou a janela e fechou-a tentando acalmar seu coração agoniado. Vultos pareciam correr junto ao vento lá fora, a garota fecha os olhos e diz para si mesma que tudo não passa de coisas de sua imaginação.
Ainda se sentindo observada, Carol vira com um golpe brusco e se depara com aqueles olhos azuis a encarando frente a frente. Como que se enxergasse sua alma, os olhos de Isabel penetravam a mente da menina apavorando-a.
_Vou na cozinha pegar um suco - disse Carol, empurrando o corpo da amiga para longe dela. Queria se manter longe daqueles olhos, queria se manter longe da menina que a cada segundo a assustava mais.
Um crucifixo brilhava sobre a porta, Carol se aproximava dela cada vez mais. O arrepio novamente a toma e aqueles olhos parecem segui-la. Em um súbito desespero Carol corre e vê o crucifixo cair-se ao chão.
_ Isso, não é real, isso não é real - a garota repetia para se acalmar.
Na cozinha, sua mão tremula mal conseguia segurar o copo. Seus olhos castanhos percorriam o ambiente a procura da misteriosa figura de olhos amedrontadores.
_Parece que está me evitando -sussurrou Isabel ao ouvido da jovem. Sua respiração esfriava cada vez mais o corpo de Carol, suas palavras faziam seu coração disparar.
_Não, estou apenas(...) - Carol foi novamente interrompida por aqueles olhos, aqueles olhos que mergulhavam em seu interior a procura de medo, aqueles olhos se alimentavam do medo pelo qual a jovem sentia cada vez mais intensamente.
A menina sabia que não tinha mais saída, correu a mão pelo balcão da cozinha e encontrou uma faca.
_ Saia de perto de mim! - gritava enquanto a faca era apontada para o peito de Isabel
_Tente me pegar - sussurrou a misteriosa figura que junto de um vento frio e aterrorizante desapareceu no ar.
Desesperada, Carol pensou em ligar, mais ligar para quem? Falar com quem? Ninguém acreditaria nesta história fantasiosa.
A menina correu a escadaria da sala, foi até seu quarto e se trancou. As luzes piscavam sem parar, Carol já não tinha junto de si a faca e sim um terço que sempre deixava sob o travesseiro.
_ Ave Maria, cheia de graça(...) - por entre seus olhos apertados corriam lágrimas de completo desespero.
A luz oscilava cada vez mais, pela janela a jovem podia ver perfeitamente a face da garota como um fantasma que flutuava no ar. O vento soprava os cabelos loiros de Isabel que observava o pavor da menina.
Como seria ser humana como ela? Como seria voltar a viver? Isabel sentia um pouco de inveja de Carol, esta tinha um coração batendo no peito, tinha sangue correndo por suas veias. Mas o que mais fazer quando se passa para o outro lado? Quando seus assuntos pendentes acabam se transformando em puro ódio?
Carol não sabia o que estava acontecendo, só queria sair dali, queria ter seu pai para junto de si e a certeza de poder abraça-lo se se sentir protegida.
_Amém. - a oração termina e Carol abre os olhos, tudo continua a rodar, se depara novamente com a face mortiça de Isabel, se depara com os olhos apavorantes.
Em uma tentativa de fuga, a jovem abre a porta e sai em disparada pela escadaria de sua casa. Lá em baixo vê novamente Isabel, que a espera de braços abertos. As lágrimas escorriam como uma cachoeira por sua face paralisada de medo, Carol não sabia mais o que fazer.
_ Diga-me o que você quer - era sua última tentativa.
_Quero sua vida - disse Isabel, enquanto se aproximava cada vez mais, imaginando como seria bom ter uma família novamente, alguém a quem abraçar, recorrer e se sentir segura.
_ Não! Você já teve a sua, não tenho culpa de que ela lhe foi roubada. - diz Carol, tentando se livrar daqueles olhos malíguinos.
Um silêncio mortal toma o lugar, Isabel fecha os olhos, apertando as pálpebras. Ela já não era mais temida, não sabia mais o que fazer. Aquele olhar de compaixão que era lançado por Carol feria sua alma, como que se arrancassem o ódio de dentro de si. O ódio que fora cultivado durante anos, o ódio que fora motivo de toda sua vingança contra o mundo. Isabel também já tivera um lar, já tivera alguém para abraçar, alguém para a proteger(...) mais em uma noite fria, lhe tiraram tudo, lhe tiraram a vida e a partir de então Isabel andava por ai para tentar recuperar o que havia perdido.
Com muito custo Isabel chegara ao seu destino. Na porta de uma casa, a garota esperava por sua mais nova amiga, já que Isabel acabara de se mudar para esta cidadezinha do interior.
Em instantes Carol abre a porta e recebe sua amiga com um sorriso e um abraço apertado. Ainda temendo a chuva, Isabel corre para dentro da casa, retira seu casaco e o pendura próximo a porta. Durante horas as jovens conversaram e se divertiram, mais algo incomodava Carol dês da chegada da amiga.
Por um instante um arrepio gelado subiu-lhe pelo corpo, uma sensação de que havia algo de errado ali assustava cada vez mais a adolescente. Ao se virar para trás percebeu que seu arrepio nada mais era do que uma velha janela que se recusava a permanecer fechada. Com rápidas passadas Carol se encaminhou a janela e fechou-a tentando acalmar seu coração agoniado. Vultos pareciam correr junto ao vento lá fora, a garota fecha os olhos e diz para si mesma que tudo não passa de coisas de sua imaginação.
Ainda se sentindo observada, Carol vira com um golpe brusco e se depara com aqueles olhos azuis a encarando frente a frente. Como que se enxergasse sua alma, os olhos de Isabel penetravam a mente da menina apavorando-a.
_Vou na cozinha pegar um suco - disse Carol, empurrando o corpo da amiga para longe dela. Queria se manter longe daqueles olhos, queria se manter longe da menina que a cada segundo a assustava mais.
Um crucifixo brilhava sobre a porta, Carol se aproximava dela cada vez mais. O arrepio novamente a toma e aqueles olhos parecem segui-la. Em um súbito desespero Carol corre e vê o crucifixo cair-se ao chão.
_ Isso, não é real, isso não é real - a garota repetia para se acalmar.
Na cozinha, sua mão tremula mal conseguia segurar o copo. Seus olhos castanhos percorriam o ambiente a procura da misteriosa figura de olhos amedrontadores.
_Parece que está me evitando -sussurrou Isabel ao ouvido da jovem. Sua respiração esfriava cada vez mais o corpo de Carol, suas palavras faziam seu coração disparar.
_Não, estou apenas(...) - Carol foi novamente interrompida por aqueles olhos, aqueles olhos que mergulhavam em seu interior a procura de medo, aqueles olhos se alimentavam do medo pelo qual a jovem sentia cada vez mais intensamente.
A menina sabia que não tinha mais saída, correu a mão pelo balcão da cozinha e encontrou uma faca.
_ Saia de perto de mim! - gritava enquanto a faca era apontada para o peito de Isabel
_Tente me pegar - sussurrou a misteriosa figura que junto de um vento frio e aterrorizante desapareceu no ar.
Desesperada, Carol pensou em ligar, mais ligar para quem? Falar com quem? Ninguém acreditaria nesta história fantasiosa.
A menina correu a escadaria da sala, foi até seu quarto e se trancou. As luzes piscavam sem parar, Carol já não tinha junto de si a faca e sim um terço que sempre deixava sob o travesseiro.
_ Ave Maria, cheia de graça(...) - por entre seus olhos apertados corriam lágrimas de completo desespero.
A luz oscilava cada vez mais, pela janela a jovem podia ver perfeitamente a face da garota como um fantasma que flutuava no ar. O vento soprava os cabelos loiros de Isabel que observava o pavor da menina.
Como seria ser humana como ela? Como seria voltar a viver? Isabel sentia um pouco de inveja de Carol, esta tinha um coração batendo no peito, tinha sangue correndo por suas veias. Mas o que mais fazer quando se passa para o outro lado? Quando seus assuntos pendentes acabam se transformando em puro ódio?
Carol não sabia o que estava acontecendo, só queria sair dali, queria ter seu pai para junto de si e a certeza de poder abraça-lo se se sentir protegida.
_Amém. - a oração termina e Carol abre os olhos, tudo continua a rodar, se depara novamente com a face mortiça de Isabel, se depara com os olhos apavorantes.
Em uma tentativa de fuga, a jovem abre a porta e sai em disparada pela escadaria de sua casa. Lá em baixo vê novamente Isabel, que a espera de braços abertos. As lágrimas escorriam como uma cachoeira por sua face paralisada de medo, Carol não sabia mais o que fazer.
_ Diga-me o que você quer - era sua última tentativa.
_Quero sua vida - disse Isabel, enquanto se aproximava cada vez mais, imaginando como seria bom ter uma família novamente, alguém a quem abraçar, recorrer e se sentir segura.
_ Não! Você já teve a sua, não tenho culpa de que ela lhe foi roubada. - diz Carol, tentando se livrar daqueles olhos malíguinos.
Um silêncio mortal toma o lugar, Isabel fecha os olhos, apertando as pálpebras. Ela já não era mais temida, não sabia mais o que fazer. Aquele olhar de compaixão que era lançado por Carol feria sua alma, como que se arrancassem o ódio de dentro de si. O ódio que fora cultivado durante anos, o ódio que fora motivo de toda sua vingança contra o mundo. Isabel também já tivera um lar, já tivera alguém para abraçar, alguém para a proteger(...) mais em uma noite fria, lhe tiraram tudo, lhe tiraram a vida e a partir de então Isabel andava por ai para tentar recuperar o que havia perdido.
Uma dor novamente tomou-lhe o peito e feches de luz acenderam-se sobre o lugar. A pobre e incompreendida alma de Isabel que vagava pelo mundo precisava somente encontrar seu caminho, entender seu ''assunto pendente'' e aceitar o fato de que estava morta a muitos anos e nada mudaria isso.
Os primeiros raios de sol tocaram a pele de Carol, a jovem sorriu ao olhar o pai que acabara de chegar em sua casa. Novamente seus olhos correram pelo ambiente, mais dessa vez não eram olhos aflitos em busca de uma alma qualquer, eram olhos de orgulho por saber que agora Isabel finalmente estaria num lugar junto de quem a ama.
*como ficou minha história de terror de português? *
Os primeiros raios de sol tocaram a pele de Carol, a jovem sorriu ao olhar o pai que acabara de chegar em sua casa. Novamente seus olhos correram pelo ambiente, mais dessa vez não eram olhos aflitos em busca de uma alma qualquer, eram olhos de orgulho por saber que agora Isabel finalmente estaria num lugar junto de quem a ama.
*como ficou minha história de terror de português? *
essa eu não coloquei imagens, deixo tudo para sua imaginação
A.


3 comentários:
adorei o texto, foi bem criativo! Espero que a professora goste [tenho ctz que ela irá amar] (:
Nossa, parabéns A. Seu texto está perfeito demais *-*
obrigada meninas (:
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