Ao olhar para o céu, pude perceber algo diferente nele. Bem lá, distante em seu mundo paralelo, a lua não mais me observava sozinha. Junto dela havia milhões de estrelas que iluminavam à todos na terra.
Me concentrei em um ponto. Havia sim, uma estrela que me chamava a atenção. Ela brilhava pequenina, como que se estivesse envergonhada de mostrar um brilho tão sutil perto da gigantesca lua. Mas ela era diferente, ela era especial. Estranho a forma como somente ela me chamara a atenção em uma noite tão estrelada.
Continuei ali, imóvel. Fixei o olhar na pobre pequenina, que insistia em brilhar para mim. Em instantes pude perceber algo de novo, uma coisa diferente. Perto dela aparecera outra estrela, mas esta caia rápida como um foguete e mergulhava na escuridão do horizonte.
Não pude esquecer meu pedido, ao vê-la tão bela. Fechei os olhos e desejei com todas as forças que tinha no meu coração. Esperei realmente que o milagre viesse, acreditei que poderia sentir a mudança.
Pedi à ela que lhe desse coragem, pedi a ela que mostrasse o caminho certo á seguir. Assim como aquela pequena caiu lá do céu, eu realmente esperei que meu pedido caísse de lá.
Fiquei mais alguns minutos ali, admirando agora, a pobre lua que voltara a brilhar sozinha. Os minutos já haviam se transformado em horas e eu continuei ali. A brisa suave da noite tocou-me o rosto, pude senti-la como se fosse tua pele. Aquele som ecoou-me os ouvidos e pude ouvi-lo como se fosse a tua voz. O brilho da lua se tornou pequeno quando relembrei o brilho de teus olhos.
E assim, a noite foi passando em completo silêncio. Preferi não estragar aquele momento com palavras, preferi guarda-lo apenas para mim. Não pude controlar a lágrima solitária que rolou de meus olhos, quando ouvi ecoar de algum lugar uma música que me fez lembrar de você.
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