Estranho como a distancia nos faz esquecer a forma como as pessoas realmente são. A forma como elas agem, o seu jeito de falar, sentir e olhar. Estranho como depois de tanto tempo longe você passa a fantasiar a pessoa de uma forma agradável para a situação. As vezes acaba esquecendo como foram sofridos os dias perto dela, ou como você não suportava seu modo de falar. A gente só fantasia, imagina. Como que se ver a pessoa de um jeito otimista e fantasioso fosse fazer ela realmente mudar.

As vezes é preciso parar. Pensar. Esfriar a cabeça e começar de novo. Começar uma nova história, começar uma nova vida. Sem os fantasmas do passado que ano a ano resolvem assombra-lo. Simplesmente desapegar. Desapegar das pessoas, dos lugares e das palavras.
Como se vida fosse um caderno. Um caderno no qual você pode escrever tudo o que quiser. Existem momentos em que as palavras não querem fluir então você precisa apenas parar e relaxar. Existem outros momentos, porém que você não consegue desgrudar os dedos do lápis e que a cada segundo mais e mais palavras começam a surgir. Esse também é o momento de parar.
É como se você tivesse que prever o momento certo em que a folha irá acabar. E então com um sorriso no rosto você deve mudar de folha e começar a história toda de novo. Sem marcas de borracha e sem erros. Apenas uma folha em branco, que pouco a pouco vai se enchendo de palavras. A vida é assim. Um amontoado de palavras em um caderninho velho com seu nome escrito em letras grandes na capa. As vezes você pode esquece-lo dentro de uma gaveta, naqueles momentos em que o coração se aperta e o mundo parece desabar. Mas quando percebemos que ainda sobram muitas folhas para o fim, a vida se enche de esperança e a imaginação começa a fluir novamente.
Voltei meus amados leitores! E para mim 2011 promete ser muito bom (:
Resolvi começar esse ano de maneira diferente, demorei 18 dias para perceber que o passado ficou para trás. Porém nunca é tarde para vivenciar experiências novas. Comecei o ano sem promessas e com um ótimo humor, espero continuar assim até o final.
A.