Um aperto no peito começa a surgir. Aquele frio percorre a espinha, revira o estômago e dispara o coração. Será que vai dar certo? Será que conseguirei resistir mais uma vez a sua presença? As mãos tremulas revelam uma mente insegura e um peito conturbado. Será que as coisas serão possíveis sozinha? O silêncio já não assusta e a escuridão já não dá medo. Pelo contrário, eles acolhem, aconchegam, como um abraço do mais querido amigo. A escuridão é a melhor, a mais doce e mais gentil. Nela ninguém vê o sorriso irônico, nela a imaginação consegue fluir sem barreiras, com ela a alma consegue harmonia. O silêncio se torna um parceiro cruel, mas com o tempo percebe-se o seu lado bom. Nele as mentiras não ultrapassam, nele as coisas são como se vê e nada mais. Com ele as pessoas podem ferir, mas com ele elas podem poupar a dor da verdade e a angústia da mentira.

Isso, silêncio e escuridão. Calma, discrição. No momento o melhor é não aparecer, deixar o coração descansar. Esperar os ferimentos se cicatrizarem e armar o plano para a próxima batalha. Mas que seja uma batalha mais sutil, algo que não cause perturbações, algo que não machuque a ninguém. Uma batalha entre o bem e o mal, entre o certo e o errado, uma batalha interna, rápida e furiosa que destrói tudo por onde passa. Mas então somente com o vencedor poderei traçar o melhor caminho a seguir. Partir para a luz, ou mergulhar nas profundezas.
é, as aulas estão de volta :~
A.